quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Os dialectos


Com a queda do Império Romano do Ocidente, a Itália foi um ponto de chegada para muitos povos como os germanos, gregos e bizantinos e, suas condições políticas e económicas mudaram profundamente. Todas as regiões e aglomerados populacionais começaram a viver uma sociedade fechada com, muito raro, contacto externo.
Desta forma, o latim usado entre o povo, antes unido, fora por modo de pronúncia se modificando, até constituir em varias línguas próprias de cada região, que pode ser subdividido em quatro: dialecto setentrional, dialecto centro-meridional, Sardo e Ladino. Todos eles derivados da cultura oral do latim. A forte diferença entre os quatro dialectos mostra uma Itália Medieval profundamente dividida.
Apesar de nos primeiros séculos da Alta Idade Média o latim voltar aos meios laicos europeus, nos finais do século XII perde sua força e interesse, se restringindo, como no principio da Alta Idade Media, ao meio eclesiástico, nas literaturas litúrgicas e no que tocava assuntos de chancelaria e documentos judiciais.


O dialecto de Florença

Como já referido, nos finais do século XII, início dos séculos XIII, Florença veio a adquirir grandes riquezas, investindo na cultura e sobretudo na alfabetização do próprio citadino, que podem ser considerados, nesta época, uns dos mais cultos do país. Nesta cidade se compreende que quantos mais instruídos sãos seus habitantes, mais reforço e potencialização comercial e económica traram para o benefício da cidade. Assim, os habitantes de Florença sabem se exprimir bem e, é neste contexto que se formam os comerciantes que viajam para toda a Europa, existindo o cambiador e, sobretudo o literário que fixa as regras da língua. Dante é um grande conhecedor da literatura e dos “falares” das línguas italianas. Aprende das várias línguas regionais os termos mais ricos e originais, que enriquecerá seu vocabulário. 


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