C om a queda do Império Romano do Ocidente, a
Itália foi um ponto de chegada para muitos povos como os germanos, gregos
e bizantinos e, suas condições políticas e económicas mudaram profundamente.
Todas as regiões e aglomerados populacionais começaram a viver uma sociedade
fechada com, muito raro, contacto externo.
Desta forma, o latim usado entre o povo, antes
unido, fora por modo de pronúncia se modificando, até constituir em varias
línguas próprias de cada região, que pode ser subdividido em quatro: dialecto
setentrional, dialecto centro-meridional, Sardo e Ladino. Todos eles derivados
da cultura oral do latim. A forte diferença entre os quatro dialectos mostra
uma Itália Medieval profundamente dividida.
Apesar de nos primeiros séculos da Alta Idade
Média o latim voltar aos meios laicos europeus, nos finais do século XII perde
sua força e interesse, se restringindo, como no principio da Alta Idade Media,
ao meio eclesiástico, nas literaturas litúrgicas e no que tocava assuntos de
chancelaria e documentos judiciais.
O dialecto de Florença
Como já referido, nos finais do século XII,
início dos séculos XIII, Florença veio a adquirir grandes riquezas, investindo
na cultura e sobretudo na alfabetização do próprio citadino, que podem ser
considerados, nesta época, uns dos mais cultos do país. Nesta cidade se
compreende que quantos mais instruídos sãos seus habitantes, mais reforço e
potencialização comercial e económica traram para o benefício da cidade. Assim,
os habitantes de Florença sabem se exprimir bem e, é neste contexto que se
formam os comerciantes que viajam para toda a Europa, existindo o cambiador e,
sobretudo o literário que fixa as regras da língua. Dante é um grande
conhecedor da literatura e dos “falares” das línguas italianas. Aprende das várias
línguas regionais os termos mais ricos e originais, que enriquecerá seu
vocabulário.
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